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O que é tv digital?

 

A televisão digital ou digital TV usa um modo de modulação e compressão digital para enviar vídeo, áudio e sinais de dados aos aparelhos compatíveis com a tecnologia, proporcionando assim transmissão e recepção de maior quantidade de conteúdo por uma mesma freqüência (canal).

 

Histórico da tv digital

 

A história da televisão digital data do momento em 1970, quando a direção da rede pública de TV do Japão Nippon Hoso Kyokai (NHK) juntamente com um consórcio de cem estações comerciais, dão carta branca aos cientistas do NHK Science & Technical Research Laboratories para desenvolver uma TV de alta definição (que seria chamada de HDTV). Os esforços eram para se descobrir uma tecnologia capaz de dar ao telespectador as sensações mais próximas possíveis, tanto em imagem quanto em som, daquelas experimentadas por um espectador no cinema. Isso exigia não só maior nitidez da imagem e estabilidade na transmissão, mas também uma tela com dimensões proporcionais a das salas de projeção. Ao constatarem que não era tão fácil dobrar o número de linhas do receptor (de 525 ou 625 para 1000 ou 1200 linhas), os técnicos japoneses entenderam ser ainda mais difícil melhorar a qualidade da transmissão a partir da plataforma analógica. Não existia tecnologia capaz de realizar a compressão necessária para a transmissão de informações no volume exigido pela alta definição a partir de um canal tradicional de 6 MHz. Entretanto, com a digitalização, aumentavam as probabilidades de se atingir esta meta

Década de 80: a metade do caminho

Mais tarde, o consórcio Hi-Vision Promotion Association passou a operar uma hora por dia do serviço Digital Hi-Vision Broadcasting, que era a HDTV em sua fase inicial. O serviço foi lançado oficialmente em 1 de Dezembro de 2000 e já é recebido por mais de 14 milhões de aparelhos, ou um terço dos domicílios do Japão.

Patrocinados pela Comunidade Européia, os pesquisadores europeus também fixaram-se sobre um padrão único, que num primeiro momento foi chamado de Memorando. Em 1986, já como projeto Eureka, os europeus chegaram a uma alternativa similar à japonesa, batizada de Multiplexed Analog Componentes (MAC). Para a alta definição, foi criada a versão HD-MAC, cujo diferencial era operar com um maior número de pixels. Os europeus lançaram o embrião do que seria um caminho próprio na procura pela TV de melhor qualidade visual. O esforço resultou no sistema HD-Mac.

Nos primórdios da nova plataforma, todos os avanços que se faziam na Ásia e na Europa eram acompanhadod de perto pelos mesmos setores nos Estados Unidos. Tanto os radiodifusores e os fabricantes quanto o governo norte-americano faziam questão de encontrar uma solução nacional para a questão. Em 1983, 25 organizações haviam criado o grupo que iria liderar os esforços para conceber a tecnologia “made in USA”, a Federal Communications Commission (FCC). Em 1987, o órgão regulador convocou 58 redes de TV para estudar os possíveis impactos tecnológicos da então chamada Advanced TV (ATV) sobre os serviços existentes. No mesmo ano, a FCC formou o Advisory Committee on Advanced Television Service (Television Test Center) (ATTC), uma organização privada sem fins lucrativos voltada para o teste das novas tecnologias de DTV.

O final da década de 80 e o início dos anos 90 foram marcados pela implementação da solução final que seria conhecida mundialmente pela sigla MP3, o formato mais usado para compressão de arquivos de música na internet. Em 1994, juntava-se ao MPEG-1 o MPEG-2. Com grande poder de compressão , a segunda versão da tecnologia tornou-se o padrão oficial dos sistemas de Digital Video Disc (DVD) e da TV de alta definição (HDTV). Se coube aos japoneses as primeiras iniciativas no sentido de viabilizar a transmissão no formato de alta resolução digital, ficou com os europeus o mérito de desenvolver a tecnologia que condensava os dados de uma forma satisfatória para a transmissão segura de vídeo em alta definição.

Em paralelo aos avanços que obtinha com o formato MPEG, a Europa preocupava-se em fixar um padrão único para a radiodifusão digital. Em março de 1991, seis membros do quadro do padrão PALplus reuniram-se em um hotel no sudoeste da Alemanha para um encontro informal de fim-de-semana. Dois eram representantes dos radiodifusores públicos da Alemanha e quatro representavam a indústria eletro-eletrônica da Europa. No encontro, eles se questionaram sobre a situação da transmissão digital no continente. Três das principais conclusões dos especialistas incrementaram o ritmo da implantação da TV Digital no continente. A primeira era a constatação de que o padrão MAC não traria um ganho perante o já existente padrão PAL, adotado pelos serviços de transmissão por satélite. Além disso, o mercado de consumo de massa da TV de alta definição não seria introduzido em um período menor do 5 a 8 anos. Perante este cenário, os participantes do encontro entenderam que o "trabalho de estandartização da radiodifusão digital de vídeo na Europa deveria iniciar imediatamente".


Um relatório da agência reguladora norte-americana detalhou em 1996 que o grupo acabou desenvolvendo um sistema de DTV que “dramaticamente aumenta a qualidade técnica da transmissão de televisão, ajudando a preservar para os consumidores e para nossa sociedade democrática os benefícios de um vibrante e saudável serviço de televisão gratuito pelo ar no futuro”. No mesmo documento, a comissão destacou que o sistema dava aos usuários “acesso a uma potencial hospedagem de serviços de informação”. Em torno desta tecnologia mais abrangente para a radiodifusão, portanto, nascia em 16/9 de 1995 o Advanced Television Systems Committee (ATSC) – entidade criada a partir de um Joint Committee on Inter-Society Coordination (JCIC) formado após a "Grande Aliança". Além de definir que qualquer adesão ao ATSC seria voluntária, o comitê estabeleceu que o engajamento só teria efeito com o aval da FCC. Com esta decisão, o grupo legitimou o poder oficial do órgão regulador sobre o padrão norte-americano. O trabalho do grupo também determinou os padrões que diferenciariam a HDTV da EDTV e esta da SDTV e da L1996-2000: Nasce a TV Digital

Em 28 de novembro de 1995, o Acats recomendou que a agência do governo dos EUA sugerisse o ATSC como o padrão norte-americano de TV Digital. Antes disso, foram detalhados as partes que comporiam o sistema: codificação de áudio e vídeo, multiplexação de sinais, modulação para transmissão e demodulação de áudio e vídeo (recepção). Com a recomendação, a FCC avalizava oficialmente o ATSC. Em 21 de abril de 1997, foi concluído o Fifth Report and Order, documento onde foram delineadas as regras e políticas do serviço de TV Digital. Foi neste texto que o governo dos EUA baixou o prazo de oito anos – originalmente imaginado em 15 anos – para a transição do sistema analógico para o digital. Em 1º de novembro de 1998, 26 estações voluntárias das dez regiões mais importantes do EUA estavam catalogadas para iniciar as transmissões digitais em caráter experimental. Cada uma recebeu um canal extra do governo para transmitir sua programação no formato digital. Algumas semanas depois, outras 15 estações foram adicionadas ao programa de transmissão voluntária em DTV.

Por volta de 1º de maio de 1999, todas as emissoras estabelecidas nos 10 maiores mercados e afiliadas às maiores redes (ABC, CBS, Fox and NBC) estavam requisitando autorização para transmitir com sinal digital. Seis meses depois, em 1º de novembro, as afiliadas destas quatro redes nos 30 maiores mercados dos Estados Unidos entraram na fila pelo canal digital. Para todas as demais estações comerciais, incluindo as independentes, a FCC estipulou o prazo final de 1º de maio de 2002 para o início das transmissões. As emissoras não-comerciais deverão começar a transição até 1º de maio de 2003. Nos EUA, todas as empresas deverão estar atuando somente com a tecnologia digital até 2006. Em todo o planeta, atualmente cerca de cem estações operam com o padrão desenvolvido pelo ATSC. Entretanto, fora de seu país de origem o padrão opera comercialmente apenas no Canadá (8/11/97), Taiwan (8/5/98) e na Coréia do Sul (21/11/97).

Pioneiro com o sistema Muse, o Japão ficou para trás na corrida enquanto testava seu serviço Hi-Vision. Começou a recuperar fôlego a partir de 1997, quando a rede NHK despendeu esforços e recursos para formar o consórcio Digital Broadcasting Experts Group (DiBEG) e desenvolver o Integrated Services Digital Broadcasting (ISDB). Concebido com diversas semelhanças em relação à tecnologia européia DVB, o padrão japonês tem um diferencial importante: sua plataforma suporta múltiplas aplicações. Um canal de 6 MHz foi projetado para suportar até 13 serviços ou emissoras diferentes. Em dezembro de 2000, a operação do Muse via satélite foi substituída pelo padrão totalmente digital ISDB. O país lançou comercialmente os serviços de TV Digital terrestre a partir de 2003.

Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_televis%C3%A3o_digital"DTV.